18 de março de 2008

O mundo realmente anda virado.



"O mundo realmente anda virado. A China comunista e a "liberdade socialista de mercado". Che Guevara estampado em grifes e desfilando em Milão, Paris ou vitrines da Daslú. Alemanha fora de guerras, tendo em seu 1º ministro seu maior rival. Paises do antigo eixo soviético assistindo e participando de reallitys shows. Eleições diretas no Iraque. Milhões de dólares para construir uma pista de F-1 em pleno deserto do Baren para algum árabe milionário assistir sua corridinha no quintal de casa (sic! Castelo). Franceses ouvindo "Minha Eguinha Pocotó" e achando cult. Playboys e patricinhas lotando bailes funks na Vila Olímpia. Carinhas de classe média fazendo RAP estilo massinha de modelar... O mundo tá zuado. Artistas consagrados dividem espaços com celebridades instantâneas em programa de auditório e perdem feio. Que nada de João Bosco queremos mesmo é Jean e Taty Pink. As melhores bandas de rock de hoje, fazem o som de ontem. Os queridinhos da crítica posam como revolucionários da música e somem mais rápido do que aprecem (The Libertines, The Strokes, The Vines e outros The, The por ai). Hoje, legal, é pasmaceira brega dos anos 80 (vide Grethcen, Dominó, Trem da Alegria), todos estão de volta. Será porque os anos 80 eram bons ou será que os anos 2000 é que estão devagar?! “2000, é ano 2000, e vai ser tudo igual, e vai ser tudo igual, vão ficar os homens se olhando, dizendo, o momento está chegando...” O mundo realmente anda estranho. Maneiro é ser virgem. Casar cabaço. Isso depois de estudar, estudar mais um pouco, fazer carreira, comprar uma casa, um carro, e ai, se de tempo arrumar ágüem para dividir o resto da vida.

Ai que saudade eu tenho (acho que nem sei direito de quando) do tempo que não volta mais!!!"

Paulo Ferreira"

(Publicado no zine O BARDO, #0, jun/2005 - zineobardopombalense.blogspot.com )

CENA ABERTA


"Não seria absurdo ouvirmos em qualquer esquina de nossa cidade, que Ribeira do Pombal é uma cidade sem cultura, de jovens sem estímulos e que facilmente são rendidos as drogas e a alienação. Isso não seria nenhuma hipocrisia, nem presunção extrema. Porém, aqui existe pessoas que fazem a diferença, tem um poder imensurável e grandioso no artístico-cultural. Na imprensa alternativa temos: O BARDO, O INDE, O LIXO, O OBSERVADOR DOS DIAS, O PIRA e agora A QUIMERA. Grupos teatrais como os grupos GARRP, CTMA, que realizam em suas interpretações teatrais trabalhos maravilhosos, além de tantos artistas que se encontram reprimidos, desacreditados, escondidos.
Outro movimento interessante é a cena Rock, com alguns anos de histórias, onde começou com as batidas The Tabaréus e da Malaco Veio, em seguida surgiu Alkatraz, Contra Ataque Verbal, Velhus Decreptus e outras que infelizmente tiveram vida curta como a Anomia, Demochaos (antiga Alkatraz). Por um tempo a cena se manteve enfraquecida, mas agora com a força total ela cresce com passos firmes com a volta da Malaco Veio se firmando com sua expressão musical.
Não se pode esquecer dos Festivais (Eventual Rock I, II, III, IV, Garageando, Rock Solidário), organizados com muita força e muita vontade e atitude.
Outro instrumento também de grande valor que temos é o Programa Rock Express (todas as segundas, das 20:00 às 22:00 h na Canabrava FM, 104.9).
Então não seria “quimera” dizer que, aqui existe pessoas que fazem a diferença, basta você se proporcionar, se permitir. Vá a um festival, a uma apresentação teatral que sempre esta surgindo, leia um material alternativo, ouça um programa interessante, etc., ou então, promova uma arte, faça acontecer. Não subjugue sem ao menos conhecer. Lutar por arte e cultura, fazer acontecer, criar? Por que não? Só assim podemos ser dignos de críticas construtivas e até podemos nos diferenciarmos daqueles que subjugam e daqueles que realmente fazem.
Experimente!!!! "

(Publicado no zine A QUIMERA, 1ª edição)

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